Foto: Cocoa Biscuit

Novo governo na Argentina: Expectativas e lutas para a defesa da educação em 2020

31 de janeiro de 2020

Para conhecer os desafios, oportunidades e expectativas para o direito à educação na Argentina em 2020, com o novo governo de Alberto Fernández, conversamos com Alberto Croce, secretário nacional da Campanha Argentina pelo Direito à Educação (CADE).

“Apesar da esperança de que o novo cenário desperta e, embora o novo presidente tenha a educação como uma de suas prioridades em seu plano de governo, é necessário levar em consideração a difícil situação econômica e social do país. Este é um ano de grandes expectativas e de muitas preocupações”, diz Croce.

Leia a entrevista abaixo.

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Foto: Newshour

Guatemala: Sociedade civil se mobiliza pelo cumprimento da Agenda 2030

30 de janeiro de 2020

Em comemoração ao Dia Internacional da Educação, 24 de janeiro, o Coletivo de Educação para Todas e Todos (CETT), membro da CLADE na Guatemala, emitiu uma declaração pública reafirmando seu compromisso com o cumprimento da Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030 no país. (mais…)


Hoje (24/1) é comemorado o Dia Internacional da Educação. Proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 2018, a data promove Apesar da existência de metas e objetivos internacionais que estabelecem a obrigação dos Estados em garantir uma educação pública gratuita, inclusiva e de qualidade para todas e todos, mais de 258 milhões de crianças e jovens no mundo permanecem fora da escola. Nesse contexto, a Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (CLADE) chama a atenção para a necessidade de garantir uma educação emancipadora, que promova os direitos humanos e transforme vidas e realidades, a partir da reflexão, do diálogo, do pensamento crítico; e da capacidade de investigar, questionar, discernir, imaginar e agir para outros mundos possíveis. De acordo com o documento "Educar para a liberdade: Por uma educação emancipadora e garantidora de direitos", publicado pela CLADE em 2019, a educação deve garantir às comunidades educacionais condições de liberdade e dignidade, para que possam refletir, dialogar, formar e produzir conhecimento no sentido de mudar as inter-relações sociais, visando a abolição da opressão e das hegemonias patriarcais e heteronormativas, entre outras. Conheça abaixo alguns eixos que, do ponto de vista da CLADE, são importantes para garantir uma educação emancipadora:
1. Liberdade
De acordo com os princípios da educação popular, e especialmente a teoria do educador brasileiro Paulo Freire, a educação deve ser baseada no diálogo e nas relações horizontais entre os sujeitos das comunidades educacionais. Por essa perspectiva, uma educação emancipadora é aquela que gera consciência crítica e, portanto, libera e estabelece condições para que todas as pessoas participem, em pé de igualdade, na vida econômica, política, cultural e social dos diferentes povos, países e comunidades.
2. Transformação
O conceito de educação transformadora afirma que a educação tem o potencial de mudar a vida das pessoas, além de promover, fortalecer e motivar suas habilidades para transformar a realidade, superando assimetrias sociais e defendendo uma sociedade livre de qualquer opressão, marginalização, exploração e exclusão social. Dessa forma, a educação deve contribuir para que as pessoas estejam sintonizadas com seu tempo e espaço, conhecendo seu território, contexto, história e diversidade cultural, enquanto os espaços e processos informais, não formais e formais de educação devem estar relacionados, sendo promotores de culturas e conhecimentos, pesquisa, ensino e extensão, contribuindo para a existência de justiça econômica, social e ambiental. Nesse sentido, a educação transformadora também passa pela democratização do conhecimento, da arte, da cultura e da nossa memória histórica.
3. Descolonização
A colonização sofrida pelos povos da América Latina e do Caribe impôs conhecimentos, modos de fazer e de ser, formas de pensar, instituições que subsistem e que são manifestações que oprimem e negam suas identidades originais. No entanto, os movimentos populares da América Latina e do Caribe constroem suas lutas com base em conhecimentos ancestrais, culturais, populares e espirituais fora da natureza científica da teoria eurocêntrica ou ocidental. Um projeto educacional libertador deve, então, revelar, questionar e tentar superar esses aspectos coloniais da sociedade. Deve garantir o ensino e a aprendizagem do conhecimento acumulado pela humanidade em diferentes campos, mas superando a hegemonia dos conceitos e visões eurocêntricos ou ocidentais, levando em consideração e valorizando a diversidade de conhecimentos, culturas, idiomas e visões de mundo de povos diferentes, o que implica a inclusão de todas as pessoas com a mesma oportunidade de contribuir e aplicar suas próprias práticas e metodologias.

4. Democracia

Pela pedagogia crítica, os centros educacionais são locais de encontro, nos quais as pessoas podem trabalhar juntas para resolver seus problemas, desenvolver projetos, encontrar e experimentar diferenças e praticar a democracia. Nesse sentido, a participação popular, especialmente os membros da comunidade educacional, deve estar presente no desenho, definição, implementação, monitoramento e avaliação de políticas educacionais e projetos político-pedagógicos. Este é um elemento fundamental para a organização da gestão democrática na educação.
5. Igualdade de gênero
A garantia dos direitos das mulheres, meninas e adolescentes, bem como da comunidade LGBTIQ+, está relacionada à promoção de uma vida digna e à possibilidade de escolher livremente o projeto de vida de uma pessoa, sem restrição de seu ser e atuação no mundo. Para isso, é essencial desconstruir padrões patriarcais e afirmar normas, papéis e relações de gênero em condições de igualdade e equidade. Uma educação que permita refletir sobre os papéis e estereótipos atribuídos aos sexos; repensar os conceitos sobre masculinidades e feminidades, para que sejam mais sensíveis e responsáveis e que ajam na construção de sociedades verdadeiramente inclusivas, igualitárias, pacíficas e democráticas.
6. Comunicação e tecnologia
A mídia educa as pessoas o tempo todo, ainda mais hoje, onde predominam as tecnologias da informação e comunicação (TICs) e rápidas mudanças tecnológicas. Nesse contexto, é um papel da educação e uma tarefa diária das pessoas pensar criticamente sobre a comunicação e o que é disseminado pelas mídias e redes sociais. Colocar posições e tópicos críticos para reflexão na agenda educacional e comunicativa significa abrir espaços para aprofundar o debate democrático, incentivando a participação social e a pluralidade.
7. Afeto e atenção
As pessoas trazem em si um rico conteúdo de experiências, vivências, sonhos, emoções e sensibilidades, fundamentais para o seu desenvolvimento. A educação deve valorizar o modo de ser, sentir e pensar das pessoas, permitindo-lhes, a partir do autoconhecimento, desenvolver suas potencialidades intelectuais, afetivas e espontâneas. Nesse sentido, cuidado e amor devem ser tomados como princípios éticos da educação. É na alegria, na curiosidade e na cumplicidade que educadoras e educadores fortalecem em cada educanda e educando a paixão por aprender, descobrir, refletir, discutir e verificar. É na mediação dialógica que se dará a verdadeira pedagogia do amor, que deve ser vivida através da emoção, do carinho e do afeto.">
Liberdade, transformação, descolonização, democracia, igualdade de gênero, comunicação, afeto e cuidado são eixos importantes para garantir uma educação que contribua para formar sociedades livres de todos os tipos de opressão

Dia Internacional da Educação: 7 eixos fundamentais para uma educação emancipadora

24 de janeiro de 2020

Hoje (24/1) é comemorado o Dia Internacional da Educação. Proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 2018, a data promove “o papel da educação para a paz e o desenvolvimento” e é um marco para reconhecer o papel fundamental desempenhado pelo direito à educação na realização de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e na transformação do mundo em direção à paz, à justiça social e à sustentabilidade.
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Foto: Mídia Ninja

5 recomendações aos Estados para que esta seja a década da educação

22 de janeiro de 2020

Em 24 de janeiro, comemora-se o Dia Internacional da Educação. Nesse contexto, e relembrando o início da década final para o cumprimento da Agenda de Educação 2030, o Comitê Diretivo Mundial de Seguimento a essa Agenda divulgou um posicionamento público. A declaração destaca o papel transformador da educação e a urgência de que os governos façam o que é necessário para o cumprimento desse direito humano, como a maneira mais viável de construir um futuro mais equitativo, pacífico e sustentável.

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Foto: João Bittar/MEC

UNESCO recomenda que os Estados aumentem investimentos na educação de pessoas jovens e adultas

10 de janeiro de 2020

Os resultados do quarto Relatório mundial sobre a aprendizagem e a educação de adultos (GRALE 4) refletem que as pessoas historicamente desfavorecidas estão sub-representadas na Educação de Pessoas Jovens e Adultas (EPJA). Segundo o documento, as pessoas com deficiência, idosas, em situação de refugio, migrantes, que moram em zonas de conflito, ou formam parte de grupos minoritários ou outros segmentos historicamente desfavorecidos da sociedade se encontram “particularmente sub-representadas” nessa modalidade educativa. (mais…)


Foto: Carlos Figueroa

Chile: Estudantes lutam contra barreiras para ingressar à educação universitária

9 de janeiro de 2020

Foi aplicada no Chile, nos dias 6 e 7 de janeiro, a Prova de Seleção Universitária (PSU), um teste padronizado escrito para o processo de admissão à educação universitária, que ocorre anualmente no país desde 2003. No entanto, neste ano, a avaliação foi objeto de grandes protestos estudantis, e aproximadamente 160 centros educativos foram ocupados em todo o Chile contra a realização da PSU. (mais…)


Foto: Felipe Abreu

Adolescentes e jovens compartilham suas perspectivas sobre a educação para um mundo melhor

19 de dezembro de 2019

A iniciativa #AEducaçãoQueNecessitamos para o mundo que queremos tem o objetivo de mobilizar adolescentes e jovens da América Latina e do Caribe, para que expressem qual a educação que precisam para um mundo melhor e quais são as principais demandas em seus países.

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Luzes, câmera e educação!: Festival audiovisual foi apresentado em feira de direitos humanos

16 de dezembro de 2019
Equipe CLADE na feira

Neste sábado, 14 de dezembro, estivemos na 5ª Feira de Ideias, organizada pela Conectas e pelo SESC Pompeia, na cidade de São Paulo, Brasil, com o tema Dia Internacional dos Direitos Humanos. A CLADE participou da exposição, apresentando a experiência das duas edições do festival audiovisual “Luzes, câmera e educação!”, realizado em parceria com o UNICEF e a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex para a América Latina e Caribe (ILGALAC).

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O reconhecimento dos direitos da primeira infância vive uma disputa ideológica, metodológica e institucional

22 de novembro de 2019

Na última quarta-feira, 20 de novembro, celebramos os 30 anos da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (CDC). Adotado em 1989, esse tratado internacional reúne o maior número de ratificações do mundo – 196 estados membros da ONU – e foi o primeiro a reconhecer as crianças como sujeitos da lei, transformando as pessoas adultas em sujeitos de responsabilidade.
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Foto: Archivo CLADE

Congresso Pan-Americano analisa avanços e desafios para o cumprimento dos direitos da criança e do adolescente

21 de novembro de 2019

A superação da discriminação e da violência, o direito ao brincar, à arte e à recreação, a igualdade de gênero e o direito à educação sexual integral e a participar do debate sobre políticas públicas que os afetam. Essas foram algumas das demandas compartilhadas por crianças e adolescentes durante o XXII Congresso Pan-Americano da Criança e do Adolescente e o III Fórum Pan-Americano da Criança e do Adolescente, realizados de 29 a 31 de outubro em Cartagena (Colômbia). (mais…)