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Fórum Internacional da UNESCO: Depoimento de jovem pela inclusão de pessoas com HIV

16 de setembro de 2019

Em uma entrevista realizada durante o evento, um estudante do Líbano falou sobre os desafios para acabar com o estigma e a discriminação contra jovens portadoras/es de HIV

O Fórum Internacional sobre Inclusão e Equidade na Educação, realizado de 11 a 13 de setembro em Cali, Colômbia, foi um espaço para debates e reflexões sobre educação inclusiva e também para jovens de todo o mundo expressarem suas experiências, perspectivas e demandas sobre esse assunto.

Um dos jovens presentes foi Julian Kerboghossian, um estudante libanês que é membro da Rede Mundial de Pessoas Vivendo com HIV e participou de uma mesa para troca de depoimentos de estudantes durante o primeiro dia do evento. No mesmo dia, Julian conversou com a ALER e a CLADE sobre como é a vida dos jovens em seu país e por que é importante lutar pela inclusão de pessoas portadoras de HIV, bem como a relevância de redes e articulações entre organizações e iniciativas que promovem direitos.

“Acabar com a discriminação, o estigma que os jovens com HIV sofrem, é uma demanda. Existem outros jovens na mesma situação que os nossos, que enfrentam os mesmos estigmas e discriminação”, afirmou.

Segundo o aluno, uma das principais maneiras de acabar com o estigma deve vir da educação. “Ainda não temos uma inclusão para pessoas com HIV. Mesmo nas escolas onde as questões do HIV e de gênero são tratadas, são superficiais. Fala-se de meninos e meninas (em formato binário), como se não houvesse pessoas trans, por exemplo. Quando o HIV é abordado, é falado de maneira geral, sem aprofundar as especificidades dos jovens que estão nessa situação. É importante conversarmos sobre os desafios que as escolas têm para que possamos acabar com o estigma e a discriminação. Temos que começar pelas escolas, por todo o sistema educacional”, afirmou.

Ouça a entrevista completa (em inglês):


Entrevista e áudio: María Cianci Bastidas

Texto: Thais Iervolino