Foto: Archivo CLADE

CLADE visita a Escola Ayllu-Warisata na Bolívia

7 de dezembro de 2017

Por: Samuel Grillo

A equipe da Campanha percorreu os corredores adornados com arte desta escola emblemática e aprendeu mais sobre sua história e importância para as comunidades indígenas

No contexto da visita da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (CLADE) à Bolívia, para a realização do festival audiovisual “Luzes, Câmera e Educação!”, sua equipe visitou ontem (5/12) a escola de Warisata Nesta ocasião, as e os estudantes da escola realizavam a exposição “Interculturalidade do saber e dos conhecimentos ancestrais”, na qual apresentaram aspectos culturais, geográficos e históricos de vários departamentos do país.

Inicialmente funcionando por um curto período, de 1931 a 1940, a escola é considerada uma das experiências educacionais mais significativas da América Latina e do Caribe por transmitir os princípios de liberdade, solidariedade, reciprocidade, revalorização da identidade cultural e produção comunitária. sustentável em harmonia com a mãe terra. A escola, reconhecida como monumento e patrimônio nacional, foi restaurada e segue viva, assim como os ideais que levaram à sua criação, como o “apthapi“, o costume de compartilhar comida entre os membros de uma comunidade, amigos ou família, quando todos trazem comida de seu território para compartilhar em uma mesa comum.

Seus estudantes têm oficinas de artes e espaços onde aprendem técnicas de criação agrícola e animal, mantendo as tradições dos povos nativos e complementando o orçamento da escola.

Também participaram da visita Franz Quispe Ramos, diretor da escola; David Aruquipa, coordenador da Campanha Boliviana pelo Direito à Educação (CBDE); María Victoria Pérez, pesquisadora em educação e filha de Elizardo Pérez, que fundou Warisata junto com Avelino Siñani; e representantes do Parlamento de Amauta (eleitos anualmente pela comunidade indígena para tomar decisões e acompanhar projetos educacionais).

“Desde a CLADE, nos somamos ao apelo desses atores para maior reconhecimento e apreciação de Ayllu-Warisata e o modelo educacional libertador que esta escola representa, conectando educação com produção, cultura, arte, comunidade e territorialidade” , diz Camilla Croso, coordenadora geral da Campanha.