Grupo de Trabajo de Género de CLADE finaliza su ciclo de encuentros abiertos
22 de dezembro de 2022Con miras a contribuir al fortalecimiento de la perspectiva de género en las políticas y prácticas de su membresía, mediante el intercambio de experiencias y aprendizaje entre pares, la CLADE realizó, durante el último trimestre de 2022, una serie de tres encuentros abiertos, organizados por su Grupo de Trabajo (GT) de Género.
El primer encuentro, realizado el 28 de septiembre, se dedicó a presentar algunos ejemplos de políticas institucionales de género llevadas a cabo por los miembros de CLADE y a reflexionar en torno a los elementos que deben contener estas políticas. Desde su experiencia en la creación y evaluación de tales políticas, Tita Torres, coordinadora de la REPEM, apuntó que “una política de género plantea estructuras, mecanismos, estrategias y acciones concretas para transversalizar el enfoque de género y especificarlo”. Ella explicó que estas dos estratégias deben ir de la mano, ya que, si los temas de género únicamente se especifican y concretan en las instituciones, se terminan aislando de las demás áreas; así mismo, si solamente se transversalizan, se difuminan y se vuelven intangibles.
El segundo encuentro (23 de noviembre) se centró en las metodologías inclusivas para la construcción de políticas institucionales y educativas con enfoque de género. En tal sentido, se destacó la importancia de la participación activa de los sujetos de derechos en la construcción de las políticas, el respeto de los ritmos de los colectivos y la vinculación con la sus realidades cotidianas. Las panelistas, Cecilia Viteri (Contrato Social por el Derecho a la Educación de Ecuador), Virgina Trova, Karina Luján y Gabriela Jesús González (RIZOMAS) y Ariadna Reyes (consultora de CLADE) coincidieron en subrayar que, en lugar de buscar transformar “las comunidades”, más bien se trata de transformarse con las comunidades, poniendo los distintos saberes a dialogar y asegurando la apropiación por parte de los propios sujetos, comunidades rurales, indígenas, idiomas nativos, etc.
En el tercer encuentro, que tuvo lugar el 7 de diciembre, las experiencias presentadas giraron en torno a políticas y experiencias educativas comunitarias con enfoque de género que han sido implementadas con menor o mayor grado de institucionalización. Según Mariana Zeballos, de InteRed Bolívia, para lograr la institucionalización de las políticas de género, es importante conjugar las luchas contra la patriarcalización con otras luchas, como la descolonización, el antirracismo, el anticapitalismo, entre otras. Aún así, los términos que se usan para referirse a estas realidades opresoras varían mucho entre comunidades, por lo que destacó la importancia de descolonizar el lenguaje y los sistemas epistemológicos a la hora de hacer políticas con perspectiva de género.
Boas festas! Por um 2023 com educação transformadora
Ao longo de todo este ano, caminhamos juntas e juntos fortalecendo a luta pelo direito humano à educação na América Latina e Caribe.
Muitos foram os temas e ações desenvolvidos por toda a nossa rede.
A CLADE deseja que em 2023 todas e todo possamos compartilhar, com mais força e união, o caminho rumo à justiçia social a partir de uma eduçacão pública que tenha como pilares o cuidado e a transformação.
CLADE rejeita cancelamento do Fórum de Educação de Desenvolvimento Humano da Iniciativa pela Nicarágua e de outras 24 organizações do país
4 de maio de 2022“Repudiamos a recente solicitação de cancelamento arbitrária da situação jurídica de pelo menos 25 organizações da sociedade civil dedicadas à promoção das atividades para garantir os direitos humanos, entre eles o da educação, por parte do governo da Nicarágua e de sua Assembleia Nacional. Rejeitamos, de maneira particular, o cancelamento do Fórum de Educação de Desenvolvimento Humano da Iniciativa pela Nicarágua (Foro de Educación y Desarrollo Humano de la Iniciativa por Nicarágua – FEDH-IPN), membro histórico da Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação e de cujo trabalho comprometido pelo direito humano à educação temos sido testemunhas e acompanhantes”, afirma a Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação (CLADE) em nota publicada hoje (4/5) e assinada por várias organizações da sociedade civil e movimentos sociais.
Segundo a nota, o cancelamento solicitado pelo governo nicaraguense e por sua Assembleia Nacional implica em um ataque aos mecanismos sociais de defesa e promoção do direito por parte da cidadania em um contexto evidente de perseguição política.
“Apontamos que essas ações afetam diretamente a integridade cidadã e o exercício da cidadania deixando indefesos os habitantes da Nicarágua e vulneráveis e à mercê de um Estado totalitário. Responsabilizamos o governo da Nicarágua por qualquer situação de deixe vulnerável a integridade física dos/as companheiros e companheiras cujos direitos de associação e de exercer sua cidadania foram violados”, afirma a CLADE em nota.
A seguir, leia o documento completo.
NOTA PÚBLICA
América Latina e Caribe, 4 de maio de 2022
A Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação em atenção aos princípios fundamentais da liberdade de associação, liberdade de expressão, igualdade de tratamento, justiça, bem comum e dignidade humana declara o seguinte:
- Repudiamos a recente solicitação de cancelamento arbitrária da situação jurídica de pelo menos 25 organizações da sociedade civil dedicadas à promoção das atividades para garantir os direitos humanos, entre eles o da educação, por parte do governo da Nicarágua e de sua Assembleia Nacional.
- Rejeitamos, de maneira particular, o cancelamento do Fórum de Educação de Desenvolvimento Humano da Iniciativa pela Nicarágua (Foro de Educación y Desarrollo Humano de la Iniciativa por Nicarágua – FEDH-IPN), membro histórico da Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação e de cujo trabalho comprometido pelo direito humano à educação temos sido testemunhas e acompanhantes.
- Denunciamos a precária argumentação jurídica em que se baseia a medida e a classificamos como política e violadora de direitos; Consideramos os Ortega-Murillo responsáveis por este ataque à democracia. É um ato contra os princípios elementares dos direitos humanos.
- Implica ainda um ataque aos mecanismos sociais de defesa e promoção do direito por parte da cidadania em um contexto evidente de perseguição política.
- Apontamos que essas ações afetam diretamente a integridade cidadã e o exercício da cidadania deixando indefesos os habitantes da Nicarágua e vulneráveis e à mercê de um Estado totalitário.
- Responsabilizamos o governo da Nicarágua por qualquer situação de deixe vulnerável a integridade física dos/as companheiros e companheiras cujos direitos de associação e de exercer sua cidadania foram violados
- Reivindicamos a importância da democracia para garantir o respeito aos direitos humanos e a livre determinação de seus governos por meio de um processo de eleição construído a partir da cidadania.
- Reconhecemos no povo nicaraguense seu esforço para buscar uma saída pacífica e chamamos à cooperação das organizações da sociedade civil de nossa região que apoiem as organizações nicaraguenses que recentemente foram enfraquecidas juridicamente.
- Chamamos aos que trabalham com o direito internacional que identifique mecanismos de apoio a organizações sociais sem fins lucrativos que trabalham pela reivindicação dos direitos humanos e que são perseguidas pelos Estados.
- A CLADE se coloca à disposição para ajudar a buscar saídas mais condizentes que busquem reestabelecer estas condições próprias do estado de direito e que garantem a integridade dos e das cidadãos/ãs envolvidas. .
Em solidariedade aos nossos companheiros e companheiras do Fórum de Educação de Desenvolvimento Humano da Iniciativa pela Nicarágua (Foro de Educación y Desarrollo Humano de la Iniciativa por Nicarágua – FEDH-IPN), assinamos:
Campaña Latinoamericana por el Derecho a la Educación (CLADE)
Agenda Ciudadana por la Educación de Costa Rica
Alternatives
Asociación Latinoamericana de Educación y Comunicación Popular (ALER)
Campaña Argentina por el Derecho a la Educación
Campaña Boliviana por el Derecho a la Educación
Campanha Brasileira pelo Direito à Educação
Campaña Peruana por el Derecho a la Educación
Campaña por el Derecho a la Educación de México
Centro Cultural Poveda – República Dominicana
Centro Internacional de Investigación Otras Voces en Educación
Coalición Colombiana por el Derecho a la Educación
Contrato Social por la Educación en el Ecuador
Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales – FLACSO – República Dominicana
Federación Guatemalteca de Escuelas Radiofónicas (FGER)
Federación Internacional Fe y Alegría
Federación Internacional Fe y Alegría – República Dominicana
Foro Dakar Honduras
Foro Socioeducativo
Foro Venezolano por el Derecho a la Educación
Fundación Sur Futuro – República Dominicana
Instituto Superior de Estudios Educativos Pedro Poveda – República Dominicana
Marcha Global contra el Trabajo Infantil – Sudamérica
Misión Educativa Lasallista – República Dominicana
Organización Mundial de Educación Preescolar – Región América Latina (OMEP-Latinoamérica)
Pressenza
Radio Seybo – República Dominicana
Reagrupación Educación para Todos y Todas (REPT) Haití
Red de Comunicadoras Indígenas de Guatemala
Red de Educación de Personas Jóvenes y Adultas en Colombia
Red de Educación Popular entre Mujeres de AL y el Caribe (REPEM)
Red Estrado Nodo Colombia
Red Global/Glocal por la Calidad Educativa
Red por el Derecho a la Educación de Paraguay
Red Sin Fronteras
Unión de Emisoras Católicas de República Dominicana (UDECA)
Word Vision – República Dominicana
Diálogos para a transformação social: entrevistas destacam o legado de Paulo Freire para as democracias
16 de outubro de 2021No contexto da campanha “Paulo Freire Vive: Uma educação para a democracia”, que aconteceu em setembro, organizada pela Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (CLADE), articulada à Campanha Latino-americana e Caribenha em Defesa do Legado de Paulo Freire, organizada pelo Conselho de Educação Popular de América Latina e Caribe (CEAAL), realizamos entrevistas em que se abordou a importância do legado do educador brasileiro para a realização de uma educação emancipadora e transformadora, que fortaleça as democracias
Veja a seguir duas das entrevistas.
Entrevistada: Antônia Vanderlucia de Oliveira Simplício, de MST Brasil.
Integrante do setor de formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) do Brasil, Antônia faz parte da coordenação de Cursos sobre a Realidade Brasileira do movimento e conversou com a CLADE sobre a importância de Paulo Freire na educação praticada pelo MST.
Nascido oficialmente em 1984, quando o Brasil vivia um regime militar ditatorial, o MST é o movimento social mais antigo do país e hoje é constituído por cerca de 350 mil famílias que lutam pelo direito à terra no país.
Para além de sua luta pela reforma agrária, o MST é referência também na atuação pela conquista de outros direitos, entre eles a educação no campo e a agroecologia.
Na conversa, a entrevistada aborda pontos, como o contexto político-pedagógico brasileiro, a influência do Paulo Freire na educação e na prática pedagógica do MST e a importância da educação para o fortalecimento da igualdade de gênero, da cidadania e para a superação das injustiças, assim como o enfrentamento das crises ambiental e sanitária que vivemos.
Veja a entrevista a seguir.
Entrevistada: Crispina Rodriguez, doutora em sociologia de Cabo Verde
Doutora em Sociologia de Cabo Verde, Crispina Rodriguez ocupou vários cargos políticos no país, nomeadamente de deputada por dez anos e vice-presidenta do Parlamento e do Partido da independência do país, o PAICV. Foi, ainda, Presidente e cofundadora da organização das mulheres de Cabo Verde. Atualmente aposentada, sua última ocupação antes de se retirar foi de Embaixadora de Cabo Verde na República de Cuba. Tem o estatuto de Combatente da liberdade da Pátria e é membro da Fundação Amílcar Cabral, herói nacional e pai da independência de Cabo Verde.
Crispina conheceu o educador brasileiro Paulo Freire, durante sua jornada em Cabo Verde e Guiné-Bissau, logo do processo de independência desses dois países. De acordo com Crispina, o pensamento e o legado de Paulo Freire foram fundamentais para implementar uma política de alfabetização de pessoas jovens e adultas no país, a partir de uma perspectiva de educação descolonizadora, para a democracia, liberadora das opressões e imposições de que era alvo o povo africano naquele momento.
Nesse diálogo com CLADE, Crispina contou suas vivências no contato com Paulo Freire e enquanto testemunha do processo de implementação de políticas educativas e de alfabetização inspiradas na perspectiva freireana de educação liberadora e democrática, bem como seus efeitos em termos de democratização e transformação social em Cabo Verde.
Paulo Freire esteve em Guiné-Bissau e Cabo Verde em 1977 e 1979, pós-independência desses países (a independência de Cabo Verde ocorreu em 1975, tendo Freire chegado ao país dois anos depois, a convite das autoridades responsáveis por impulsionar políticas de educação e alfabetização para os contextos desses Estados).
Paulo Freire defendia uma educação descolonizadora e descolonizada, pensada a partir dos próprios africanos e africanas, para o pensamento crítico, a participação social, a democracia e pertinente para sua própria realidade. Segundo Crispina, esse pensamento se instaurou e foi reconhecido nas políticas de Educação de Pessoas Jovens e Adultas e educação básica/secundária em Cabo Verde, sendo que esse legado permanece vivo no país até hoje.
Veja a entrevista completa:
3 informações sobre privatização da educação na América Latina e no Caribe
7 de setembro de 2021Preocupada com o financiamento insuficiente da educação pública e gratuita, e buscando argumentar de forma contrária às tendências à privatização e ao lucro na educação, em abril de 2021, a CLADE lançou a pesquisa “O lucro na legislação sobre educação na América Latina e no Caribe”.
O documento, realizado com o apoio de OXFAM, analisa como as legislações da região regulamentam, ou não, as atividades lucrativas no campo educacional, observando em que medida os instrumentos legais dos países permitem, incentivam, ou impedem a realização do lucro na educação. A análise inclui 9 países da região: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Haiti, Honduras, México, Paraguai e Peru.
3 informações sobre a privatização da educação na América Latina e no Caribe
- Chile, Honduras, Peru e Paraguai apresentam Constituições Nacionais que destacam a liberdade de eleição dos tutores como eixo central, em detrimento do direito à educação que tem o Estado como seu garantidor.
- Os 9 países tratados na pesquisa não proíbem a atividade lucrativa na educação. Apenas Argentina conta com a proibição explícita a acordos bilaterais e multilaterais que propiciem a mercantilização da educação, mas nenhum proíbe a atividade lucrativa.
- Em todos os países, há brechas de permissividade que viabilizam a mercantilização da educação. De acordo com a pesquisadora Teise Garcia, todas as entrevistas com especialistas indicaram que há brechas em seus países, assim como estratégias para evadir e, por fim, não cumprir com qualquer mecanismo que proíba ou dificulte a destinação de recursos públicos para o setor educacional com fins lucrativos.
Entre as estratégias, está a presença e/ou o estabelecimento de organizações legalmente sem fins lucrativos (portanto, aptas a receber recursos públicos). Essas, por fim, têm efetivamente fins de lucro.
A CLADE segue lutando para fortalecer a educação pública e gratuita, e para assegurar um financiamento suficiente à garantia do direito à educação de todas e todos em nossa região, contra a privatização educativa.
>> Veja aqui a pesquisa completa (em espanhol)
#PauloFreireVive… e é vital para fortalecer nossas democracias
1 de setembro de 2021A Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação (CLADE), desde sua fundação, asumiu o pensamento e pedagogia de Paulo Freire como um dos seus principais fundamentos para a luta pelo direito humano à educação na América Latina e Caribe.
A educação emancipadora, o pensamento crítico, a transformação dos âmbitos e relações educativas nos espaços de construção coletiva de saber, leitura dos contextos, busca de alternativas e ações transformadoras no horizonte da democracia, têm sido linhas de trabalho estratégico da CLADE.
Neste contexto e diante da celebração do centenário de Paulo Freire, que será realizada no próximo dia 19 de setembro, a CLADE, articulada à Campanha Latino-americana e Caribenha na Defesa do Legado de Paulo Freire, organizada pelo Conselho da Educação Popular da América Latina e Caribe (CEAAL), dá início a um setembro de ações de comunicação, sensibilização e diálogo para celebrar a importância do legado de Freire para a garantia de uma educação emancipadora e crítica que fortaleça as democracias em nosso continente e em todo o mundo.
Cada semana do mês, partindo do dia 3 de setembro, membros da CLADE realizarão e divulgarão webinários, mensagems e materiais em diversos formatos compartilhados em redes sociais e outros canais de comunicação para destacar diferentes conceitos relacionados ao legado de Freire para a realização de uma educação emancipadora e democrática.
- Semana 1: Do 3 ao 10 de setembro, serão enfatizadas as mensagens e ações sobre a importância do Freire para a democracia, representada pela cor azul.
- Semana 2: De11 a 17 de setembro, serão destacadas mensagens, obras artísticas e materiais sobre liberdade de expressão e as manifestações artísticas e materiais sobre a liverdade de expressão e manifestações artísticas em relação à educação a partir da perspectiva freiriana, representadas pela cor violeta.
- Semana 3: Del 18 al 24 de septiembre, será el momento de visibilizar y divulgar mensajes y entrevistas, reforzando la perspectiva del diálogo en la educación freireana y su importancia para la transformación social, siendo estos conceptos representados por el color naranja.
- Semana 4: Ya la semana final, del 25 al 30 de septiembre, con el color verde, irá señalar actividades y mensajes sobre el legado de Freire para la garantía de la Educación de Personas Jóvenes y Adultas (EPJA) como un derecho humano fundamental clave para promover el desarrollo sostenible, los derechos humanos y, con ellos, nuestras democracias.
Entérate a continuación de la agenda prevista para el mes, y sigue nuestras actualizaciones sobre esta campaña por aquí y las redes sociales CLADE: FB y TW: @redclade / IG: @red.clade, con el hashtag #PauloFreireVive
Programa completo
2 de septiembre
Webinario Paulo Freire 100 años, Esperanzar y Resistir en Movimiento
Organiza: CEAAL
3 de septiembre
Evento internacional: Pensamientos y prácticas de Paulo Freire para responder frente a las amenazas a la democracia: perspectivas desde los continentes
Organiza: CLADE
11 de septiembre
Webinar: Repensando la alfabetización en tiempos de pandemia y de la era digital
Organiza: Coalición Colombiana por el Derecho a la Educación (CCDE).
Hora: 9:00 a 11 am (hora Colombia).
Más información: Un conversatorio que reunirá teóricas y teóricos para dialogar en torno a la reconceptualización de la alfabetización para personas jóvenes y adultas, en miras de fortalecer las recomendaciones hacia la VII CONFINTEA. El Conversatorio abordará la resignificación del concepto de Alfabetización, el contexto político y económico de la EPJA y las necesidades de una alfabetización contextualizada. Invitada: Miriam Camilo, directora de EPJA en República Dominicana.
Transmisión por Facebook Live @CoalicionEducacionColombia
13 a 19 de septiembre
Difusiones de obras artísticas sobre EPJA y en homenaje a Paulo Freire.
Organiza: CLADE.
Dónde acompañar: a través de redes sociales de la CLADE (FB y TW: @redclade / IG: @red.clade).
14 de septiembre
Programa radial especial sobre el centenario de Paulo Freire
Organiza: ALER.
Hora: a las 4 pm, hora de Quito, con 15 minutos de duración.
Enlace aquí en breve.
19 y 20 de septiembre
Plenaria Mundial de Educación Popular
Organiza: CEAAL, en alianza con Red Estrado, Consejo Mundial de Iglesias y muchos otros actores más.
Se compartirán más informaciones pronto.
20 a 25 de septiembre
Serie de entrevistas sobre Paulo Freire, transformación social y democracia.
Organizan: CLADE, ALER y Pressenza.
Dónde acompañar: a través de redes sociales de la CLADE (FB y TW: @redclade / IG: @red.clade) y página web: www.redclade.org.
25 de septiembre
1) Encuentro EPJA Transformando Vidas
Organiza: Coalición Colombiana por el Derecho a la Educación (CCDE)
Hora: 9:00 am a 6:00 pm (horario de Colombia).
Más información: Encuentro de educación de Personas Jóvenes y Adultas rumbo a la CONFINTEA VII. El evento se realizará de manera híbrida, con 50 personas presenciales en el Congreso de la República de Colombia y transmisión e interacción de manera virtual. Allí se abordarán los temas: Financiación de la educación, políticas públicas educativas, juventud EPJA, currículo docente. Link de registro y más información pronto.
2) Jornada para compartir una sistematización de la campaña Paulo Freire Vive, de CEAAL.
Organiza: CEAAL.
Hora y otros detalles a confirmar.
27 de septiembre
Evento internacional: Educación para personas Jóvenes y Adultas en América Latina y Caribe: situación, testimonios y pensamiento freireano
Organizan: CLADE, con Plataforma de redes regionales por la EPJA en América Latina y el Caribe
Hora: de 11h a 13h (horario de Brasil, GMT-3).
Informaciones: Presentación de resultados de los estudios “La situación de la Educación con Personas Jóvenes y Adultas en América Latina y el Caribe en contexto de pandemia: Panorama descriptivo analítico” y “La Educación de Personas Jóvenes y Adultas para migrantes y refugiados en América Latina y el Caribe: Contexto, experiencias y situación en el marco de la pandemia”, en diálogo con la Plataforma EPJA, en ruta hacia la Confintea VII, y con el colectivo Freire Vive.
El evento tendrá traducción simultánea a español, creole, portugués, inglés y francés, además de interpretación en lengua de señas internacional.
Link de registro y más información aquí pronto.
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Festival por la Dignidad de los Pueblos 2021. Artes para Respirar!!
#FestivalPorLaDignidadDeLosPueblos2021 #ArtesParaRespirar será un Espacio de encuentro entre diversas luchas en toda nuestra Abya Yala, y el mundo, a través de expresiones artísticas.
Organizan: CEAAL, ALER y otras redes hermanas.
Live por Facebook e Youtube: @Festival por la Dignidad
Más información: https://www.facebook.com/watch/?v=523988815345029
Agenda:
- Sábado 11 de septiembre (Primera Jornada: Educación Liberadora y Legado de Paulo Freire)
- Sábado 9 de octubre (Segunda Jornada: Cuerpos y Territorios)
- Domingo 14 de noviembre (Tercera Jornada: Encuentros Sur – Sur)
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Podcast: Campaña Brasileña hace serie de entrevistas con pensadores sobre la vida y la obra de Paulo Freire
Escucha la serie de 4 episodios en portugués, en Eduquê, podcast producido por la Campaña Brasileña por el Derecho a la Educación, y también el podcast internacional FreshEd, de Will Brehm
Las personas entrevistadas son: Sérgio Haddad, autor de “O Educador: Um Perfil de Paulo Freire” (Editora Todavia); Vitor Barbosa, educador y presidente de Associação Angolana para a Educação de Adultos; Luiza Cortesão, profesora en Universidade do Porto y presidenta de la dirección del Instituto Paulo Freire Portugal; Daniel Cara, profesor de la Facultad de Educación (FE) de la Universidad de São Paulo (USP) y dirigente de la Campaña Brasileña.
Primer episodio: Sérgio Haddad.
Escucha y suscribe a través de tu plataforma de podcasts favorita.
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>> Entérate también de otras acciones que se están programando para septiembre, a través de los canales de la campaña Paulo Freire Vive, de CEAAL:
https://ceaal.org/v3/campanha-defensa-legado-paulo-freire/
https://www.facebook.com/paulofreirevive/
SAME 2021: Diálogo virtual analisará educação e desigualdade na América Latina e no Caribe
20 de abril de 2021
“Educação e desigualdade: casos nacionais e panorama regional” é o nome do diálogo virtual que a Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (CLADE) realizará, em parceria com a Oxfam, no contexto da Semana de Ação Mundial pela Educação (SAME) 2021.
O evento será realizado no dia 23 de abril, de 11:00 a 12:30 (horário do Brasil). Durante o encontro, fóruns nacionais membros da CLADE, entre eles a Campanha Brasileira pelo Direito à Educação, comentarão os contextos de desigualdade na educação de seus países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Guatemala, México e República Dominicana. Também será analisada a situação regional em relação ao tema.
Para participar, basta fazer sua inscrição.
O evento será realizado em espanhol e contará com tradução simultânea ao português e ao creole, assim como interpretação em língua de sinais internacional.
Haverá transmissão ao vivo por Facebook (@redclade) e Youtube (@clade).
Lançamento de publicação
Durante o evento será lançada a publicação “Desigualdades Educativas na América Latina: tendências, políticas e desafios”, que apresenta aspectos da situação educativa na região durante os últimos 20 anos, com o intuito de contribuir ao conhecimento do panorama educativo da América Latina e do Caribe.
Por que é cada vez mais difícil consolidar os avanços para a garantia do direito à educação? Por que surge a ameaça de um limite nos processos de expansão e inclusão educativa? Os Estados deixaram de atuar? Essas são algumas perguntas-chave levantadas pelo estudo para análise.
Na ocasião, também serão lançadas publicações com os estudos de caso nacionais antes mencionados sobre educação e desigualdade.
Sobre a SAME 2021
A demanda por mais e melhores recursos para o financiamento da educação pública e gratuita diante do contexto da pandemia COVID-19 é o tema da Semana de Ação Mundial pela Educação (SAME) 2021, que no âmbito mundial e regional será realizada de 26 a 30 de abril. Em consonância com o marco político da campanha Um Bilhão de Vozes pela Educação, a SAME deste ano terá como eixo central ações que reivindicam o aumento do financiamento público para garantir uma educação pública e gratuita de qualidade, inclusiva e equitativa, promovendo oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos e todas.
Guía orienta la atención educativa en el contexto de pandemia en América Latina y el Caribe
8 de abril de 2021El escenario regional determinado por la crisis epidemiológica provocada por el COVID-19 impone un mayor compromiso ante los múltiples riesgos que supone este contexto que ha determinado, no solo el surgimiento de nuevos desafíos y limitaciones, sino también que los ya existentes se hayan agravado como la profundización de las desigualdades y discriminación, el incremento de situaciones de abuso, violencia sexual y de género, el trabajo infantil, las vulnerabilidades en cuanto a seguridad alimentaria, la brecha digital y tecnológica y el avanzo de la privatización educativa.
Por ello y para que el derecho humano a la educación sea garantizado en este contexto, la Campaña Latinoamericana por el Derecho a la Educación (CLADE) lanza la “Guía Protección del Derecho Humano a la Educación: Recomendaciones hacia la reapertura de centros educativos y reinicio de ciclos 2021”.
El presente documento contiene 32 recomendaciones y orientaciones para la atención educativa y la garantía del derecho a la educación en el contexto de pandemia y la adopción de medidas específicas, oportunas y adecuadas ante el inicio (reapertura) de los ciclos educativos, instando a que las mismas sean adoptadas de conformidad con el pleno respeto a los derechos humanos, así como con la obligación de brindar un acceso efectivo cualquiera sea la modalidad que se adopte: presencial, semipresencial, remota, combinada, a distancia.
Para el proceso de formulación de las recomendaciones, han sido consultados los siguientes documentos: la Guía de las Guías COVID-19, de la Campaña Brasileña por el Derecho a la Educación; la publicación ¿Cómo garantizar el acceso al derecho a la educación para niñas, niños y adolescentes durante la pandemia de COVID-19?, de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH); los Protocolos y orientaciones para la reapertura de escuelas en países de América Latina y el Caribe, de Unicef, y el informe Reabrir las escuelas en América Latina y el Caribe: claves, desafíos y dilemas para planificar el retorno seguro a las clases presenciales, de Unesco.
“El año 2020, marcado por el cierre masivo de los establecimientos educativos en todos los niveles de educación, en primera instancia, y luego la implementación, por parte de muchos países, de medidas de reapertura (totales o parciales), con estrategias de reintegro de estudiantes y de continuidad del año educativo (ya sea en forma presencial o virtual), aun tratando de responder de la mejor manera posible a las circunstancias, ha provocado impactos profundos sobre los derechos educativos de niñas, niños, adolescentes, personas jóvenes y adultas. Ante el inicio de un nuevo ciclo educativo en la región, con el presente documento de recomendaciones, la CLADE se propone abogar y contribuir a un retorno seguro y gradual”, se afirma en el documento.
Lee la guía completa:
CLADE e CLACSO promovem conversatório virtual sobre o Direito à Educação a partir da perspectiva do Sul Global
15 de setembro de 2020No próximo 23 de setembro, às 12h00 (GMT-3), la Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (CLADE) e o Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO) vão organizar o Conversatório Virtual “Vozes do Sul Global: Direito Humano à Educação em tempos de pandemia”.
O encontro tem o objetivo de analisar, refletir e debater sobre o direito humano à educação no contexto de pandemia e a partir da perspectiva do Sul Global e contará com a participação da relatora especial pelo Direito Humano à Educação das Nações Unidas (ONU), Boly Barry Koumba. Além da relatora, participarão do evento a secretária executiva da CLACSO, Karina Batthyány; a coordenadora geral da CLADE, Nelsy Lizarazo; o presidente da Campanha Mundial pelo Direito à Educação (CME) e secretário geral da Campanha Árabe para a Educación para Todos, Refaat Sabbah; o líder em Política da Associação do Pacífico Sul para a Educação Básica e Educação de Adultos (ASPBAE), Rene Raya; e a secretaria geral da Campanha Africana para a Educação para Todos (ANCEFA), Solange Akpo.
A atividade é aberta, gratuita e será transmitida pelas páginas de facebook, youtube e zoom da CLACSO, com tradução simultânea para espanhol-inglês. Para participar via zoom, é necessário fazer uma inscrição prévia aqui.
Estudantes da América Latina e do Caribe respondem: qual é a educação de que necessitam?
15 de junho de 2020“A educação que estamos propondo, como juventudes latinoamericanas, tem que servir primeiro para garantir direitos, como uma ferramenta democratizadora, que fomente a emancipação do pensamento e dos corpos”, afirmou o jovem nicaraguense Alexander Guevara, em resposta a uma das perguntas do público do diálogo virtual “A Educação de que necessitamos para o mundo que queremos: perspectivas de adolescentes e jovens da América Latina e do Caribe”, realizado pela CLADE. O evento aconteceu en março, no marco da campanha #AEducaçãoDeQueNecesitamos para o mundo que queremos, que reuniu e divulgou as vozes, opiniões e sugestões de adolescentes e jovens da região sobre seu direito à educação.
Assim como Alexander, as e os jovens Alejandra Solano, da Costa Rica; Angélica Pedraza e Eylin Ríos, do México; Ariana Rodríguez e Felipe Urbas, da Argentina; Gabriel Villarpando, da Bolivia; Jazmín Elena, de El Salvador; Juan Pablo Castellanos, da Colômbia; Paulocesar Santos, do Perú; e Tony Barahona, de Honduras, analisaram e responderam as perguntas do público que não puderam ser aprofundadas ou respondidas no diálogo virtual.
Leia a seguir suas reflexões:
Para que deve servir essa educação que vocês querem?
Alexander Guevara (Nicarágua) – A educação que estamos propondo, como juventudes latinoamericanas, tem que servir primeiro para garantir direitos, como uma ferramenta democratizadora, que fomente a emancipação do pensamento e dos corpos. Ela deve servir para promover relações simétricas entre pares, para romper com os paradigmas hegemônicos dos sistemas autoritários que criminalizam a participação cidadã.
Ariana Rodríguez (Argentina) – Creio que a educação que nós jovens queremos, buscamos e construímos todos os dias em nossa luta é a que nos construa como sujeitos críticos das próprias realidades que vivemos e como sujeitos transformadores, que essa crítica possa transformar-se em algo positivo, não apenas para a educação, mas também para a sociedade. Estar em um lugar onde possamos nos sentir confortáveis e confortáveis em família e que com base nisso e com base em toda essa realidade que vivemos, a educação possa nos formar em conteúdo, experiência e que isso nos torne sujeitos críticos de nossa própria realidade, para construir uma sociedade e um mundo melhor.
Jazmín Elena (El Salvador) – Essa educação que exigimos de fato é para poder ver uma verdadeira transformação social em nossos contextos, em nossos países e na região latinoamericana, porque nós é que temos poucas possibilidades de ter uma educação de qualidade, gratuita e universal. Há poucos países que conseguiram isso e, bem, sabemos os custos que isso teve, mas tem muitos países na região onde ainda precisamos disso para poder ver uma verdadeira transformação social, uma verdadeira projeção na vida e, bem, que essa seja uma via para que se respeitem nossos direitos.
“La educação deve servir para garantir que todos desenvolvamos nossas capacidades e projetos de vida, tanto pessoais, quanto coletivos. Para que nos vejamos habilitados para o exercício responsável de nossa liberdade e a busca de justiça como cidadãos.” (Paulocesar Santos, do Peru)
Paulocesar Santos (Peru) – Acredito que deve servir para garantir que todos desenvolvamos nossas capacidades e projetos de vida, tanto pessoais, quanto coletivos. Para que nos vejamos habilitados para o exercício responsável de nossa liberdade e a busca de justiça como cidadãos. Isso quer dizer uma educação com opções flexíveis que garantam trajetórias educativas bem-sucedidas para todas as pessoas e que contribua para a afirmação de princípios e valores democráticos.
Quais são as expectativas de transformação educativa dos jovens?
Angélica Pedraza (México) – Nós, jovens, vemos a transformação educativa a partir da perspectiva de uma educação libertadora mais autodidata, que não se limite a uma sala ou a um livro, ou seja, [que não seja] uma educação bancária, mas sim uma educação que esteja envolvida na retroalimentação e em alternativas inovadoras para o processo de ensino e aprendizagem.
Gabriel Villarpando (Bolivia) – Nós, jovens, estamos muito mais envolvidos atualmente em diferentes aspectos e necessidades conforme nosso contexto, então são muitas as expectativas que temos para gerar uma mudança educativa. Elas podem envolver tecnologias, por exemplo, ou envolver também ferramentas que são muito mais inovadoras, atuais, que vão estar de acordo com nosso contexto, com nossa vida cotidiana e, especialmente, que possamos como jovens nos envolver de forma direta, de acordo com nossas necessidades, e poder exigir a adequação das exigências que nós temos a uma educação de que necessitamos. Assim, as expectativas dos [e das] jovens, sobretudo as de um jovem ativista, referem-se ao trabalho de exigibilidade de uma reforma educativa que esteja de acordo com nosso contexto e necessidades.
“Podemos dizer que necessitamos uma educação propositiva, uma educação em constante discussão, uma educação renovadora, que é a que têm os diferentes países que são desenvolvidos.” (Tony Barahona, de Honduras)
Tony Barahona (Honduras) – Podemos dizer que a educação hondurenha é uma educação positivista, é uma educação que premia a acumulação de conhecimento, mas esses conhecimentos não podem ser discutidos, nem trabalhados ou recolocados. Então, ela vem sendo como uma educação, digamos, cumulativa ou, como definem alguns pedagogos marxistas, como uma educação bancária, em que os estudantes são apenas receptores que acumulam e acumulam, memorizam conhecimento. Mas o país merece uma educação diferente, em que exista uma dialética na qual se possa construir pensamentos crítico para gerar cidadãos conscientes que possam resolver problemas ao seu redor. Portanto, podemos dizer que necessitamos uma educação propositiva, uma educação em constante discussão, uma educação renovadora, que é a que têm os diferentes países que são desenvolvidos.
Como é o mundo que se quer?
Alejandra Solano (Argentina) – No meu caso quero um mundo mais empático, onde sejamos capazes de perceber a dor e as realidades que os outros enfrentam. Isto é, um mundo menos individualista, onde possamos ver para além da bolha que cada um carrega sobre suas cabeças e entender que nem todos estamos em igualdade de condições, nem enfrentamos os problemas da mesma maneira. Isso resultaria num mundo mais solidário, onde as pessoas não pensem duas vezes antes de estender a mão aos que mais precisam, ou de dar e oferecer mais aos que têm menos.
Juan Pablo Castellanos (Colômbia) – O mundo que desejo e quero como jovem é um mundo ao alcance de nossos sonhos, com garantias dignas para todos e todas, com uma democracia sem conveniências, uma equidade social e que se garantam direitos para todas as pessoas. O caminho para o sucesso para conseguir os objetivos propostos por todas as pessoas é a Educação, já que a educação é a ferramenta mais forte que o mundo tem para transformar nossa sociedade. Sempre digo que todas as pessoas têm missões nesse mundo, com muitos desafios, claro que sim, que temos que enfrentar de uma maneira positiva e responsável para a construção de uma sociedade melhor e ao alcance de nossos sonhos. Uma sociedade sem machismo, uma sociedade sem xenofobia, sem racismo, uma sociedade digna e inclusiva, tolerante, participativa e construtiva para criar entornos que garantam direitos e [entornos] de satisfação social.
Como deve ser a educação para que as e os jovens não achem mais interessante entrar para o crime organizado?
Alexander Guevara (Nicaragua) – Primeiro, a educação deve ser uma educação laica e livre, uma educação que seja política, que me garanta o direito de decidir, o direito de ser quem eu quero ser, sem que isso implique em alguma transgressão à ordem social. Deve ser uma educação artística que fomente a pedagogia libertadora.
“Como tirar essas pessoas [de grupos criminosos] para que tenham maiores possibilidades na vida? Aí é onde entra a prevenção. Sinto que os sistemas, os governos devem buscar medidas preventivas ou alternativas para que os [as e os jovens] possam reinserir-se na sociedade” (Jazmín Elena, de El Salvador)
Jazmín Elena (El Salvador) –
Creio que primeiro devemos redirecionar essa pergunta, perguntando-nos o que fazer para que os jovens que já estão dentro desses grupos possam buscar uma via para abandoná-los e para que entrem novamente no sistema educativo, porque esse problema da violência social tem passado de geração em geração e os jovens que estão atualmente nessa situação podem ser de famílias que estiveram por décadas dentro desses grupos.
No caso de El Salvador, isso vem se apresentando inclusive depois dos acordos de paz, ou seja, no período pós-guerra. E esse fenômeno cresceu tanto que se pode dizer que agora a maioria dos meninos e meninas que estão dentro desses grupos sem querer estar, sem que o sistema lhes desse um apoio verdadeiro, ainda se encontram ali, muitas vezes para se proteger..
Então a pergunta é: como tirar essas pessoas para que tenham maiores possibilidades na vida? Aí é onde entra a prevenção. Sinto que os sistemas, os governos devem buscar medidas preventivas ou alternativas para que os [as e os jovens] possam reinserir-se na sociedade e por outro lado para prevenir que outros jovens entrem. Os Estados têm que dar maiores oportunidades. Nesse caso, a educação pública cumpre um papel fundamental para que esses jovens que vivem nas zonas vulneráveis possam ter uma maior possibilidade de crescimento educativo, para que suas expectativas de vida possam ser melhores.
“A educação da Finlândia não funcionaria na Argentina, Brasil, Peru, Bolívia ou Haiti, porque não somos a Finlândia” (Felipe Urbas, da Argentina)
Felipe Urbas (Argentina) – Acho que em geral a participação em grupos criminosos acontece por uma falta na educação, por um erro dos educadores, por um erro do Estado, por um erro da forma, por não entender os contextos sociais onde se dá [a educação]. Por isso, sempre vou contra essa ideia de que queremos a educação da Finlândia.
A educação da Finlândia não funcionaria na Argentina, Brasil, Peru, Bolívia ou Haiti, porque não somos a Finlândia. O mesmo acontece aqui, a educação latinoamericana tem que ser uma educação muito centrada na retenção dos alunos. Infinitas vezes acontece dos alunos irem aos colégios para comer e a educação não tem que desempenhar esse papel.
A educação tem que dar o espaço para que os meninos e meninas evoluam na vida, não só em termos acadêmicos, mas também em termos pessoais. Por isso, é importante que o ambiente seja de compreensão. Às vezes, será necessário priorizar mais a psicologia e a pedagogia, e isso não está mal. É mais importante que uma pessoa esteja mentalmente sã do que que ela saiba quando caiu o império romano.
Alejandra Solano (Argentina) – Em primeiro lugar, a educação deveria ser horizontal, em que todas e todos estejamos na mesma altura e ninguém se sinta mais ou menos do que ninguém.
Temos que mudar o sistema magisterial na hora de dar aulas e o tornar mais dinâmico, que seja mais interessante para as e os estudantes. Mudá-lo para que estejamos dentro das salas de aula e não estejamos fazendo sempre a mesma coisa, escutando um professor que algumas vezes não sabe como dar aulas, nem transmitir a matéria de uma forma que seja interessante para nós. Também o sistema deve tornar-se mais compreensivo e entender que nem todos vão na mesma velocidade, alguns levam pouco tempo e alguns vão mais lentos por não terem as mesmas facilidades na hora de estudar e isso não significa que não vão cumprir a meta esperada. É por isso que é da maior importância oferecer uma variedade de horários e sistemas para que ninguém fique para trás e para que a educação se torne acessível às pessoas que já passaram da faixa etária que esse sistema exige e, por sua vez, cujas condições talvez dificultem o acesso em um horário diurno, seja porque são pais ou porque trabalham.
Paulocesar Santos (Peru) –
Creio que deve servir para garantir que todos desenvolvamos nossas capacidades e projetos de vida tanto pessoais quanto coletivos. Para que nos vejamos habilitados para o exercício responsável de nossa liberdade e a busca de justiça como cidadãos. Ou seja, uma educação com opções flexíveis que garantam trajetórias educativas exitosas para todas as pessoas e que contribua para a afirmação de princípios e valores democráticos na formação de cidadãos.
Em primeiro lugar, eu iria aos centros educativos e os converteria em espaços onde a aprendizagem seja uma experiência gratificante e [que] também sejam espaços de convivência baseada no respeito e valorização do outro. Digo isso porque acredito que dessa forma pode-se promover um conjunto complexo de aprendizagens a que todas as pessoas têm direito.
Também acredito que a educação secundária deve ser articulada ao mundo do trabalho e, bem, isso vai de mãos dadas com a ideia de ampliar a educação superior, a educação técnica produtiva, a educação alternativa e a educação artística.
Por último: melhorar as trajetórias educativas dos estudantes. Refiro-me a reduzir a defasagem e assegurar a conclusão das trajetórias educativas dos estudantes no tempo previsto.
“É necessário ter uma educação em que deixemos de lado o racismo e a desigualdade ou qualquer forma de discriminação, aceitando a diversidade de pessoas e buscando um ambiente são, onde todas e todos tenhamos as mesmas oportunidades” (Eylin Ríos, do México).
Eylin Ríos (México) –
É verdade que nós, os jovens, somos o futuro de nosso país, entretanto é triste ver que muitas vezes podemos seguir um caminho fácil, buscando benefícios em lugares inadequados, cheios de corrupção. E a principal causa é que nem todos contamos com recursos para ter acesso a uma boa educação, cuja realização seja correta.
Como jovem, acho que a educação é um direito para todos e todas, que deveríamos exercer sem limites e com algumas estratégias para garanti-lo. Por exemplo, há pessoas que não têm uma boa situação econômica. Por isso, temos que exigir uma educação gratuita e que nossos governos zelem mais pela educação pública.
É necessário ter uma educação em que deixemos de lado o racismo e a desigualdade ou qualquer forma de discriminação, aceitando a diversidade de pessoas e buscando um ambiente são, onde todas e todos tenhamos as mesmas oportunidades. A educação también deve garantir a igualdade de gênero.
Outra estratégia é que busquemos que nossos governos, democracias, nos escutem, que zelem mais pela educação e que nos deem planos de trabalho, materiais e boas instalações para que nós, os jovens, tenhamos uma motivação para seguir estudando. Que tenhamos e que nos garantam uma educação de qualidade.
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É necessário inovar a cultura (unindo-a à tecnologia) para uma melhor educação?
Angélica Pedraza (México) – É indispensável atender as exigências do mundo atual, de un mundo globalizado, que já não se conforma apenas com memorizar conteúdos, devemos envolver a tecnologia, mas como uma ferramenta que nos ajude a melhorar esses processos de ensino e aprendizagem, o que não só consiste en inovar a cultura de aprendizagem, mas também em inovar a nós mesmos.
“Queria mencionar a importância que vêm tendo as artes e as produções de conteúdo nessa quarentena, sabendo e nos mostrando que não se pode viver sem a arte” (Alejandra Solano, da Costa Rica).
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Alejandra Solano (Costa Rica) – Sim, é muito importante que andem de mãos dadas e que nós aprendamos a utilizar a tecnologia para explorar outras realidades e disseminar aquelas produções que nos mostram contextos diferentes. Também devemos trabalhar em como atrair as juventudes utilizando as ferramentas que elas manejam e com as quais se sentem mais familiarizadas. Devemos entender que para algumas pessoas é um privilégio poder ir a um teatro, a um concerto ou uma galeria de arte e por isso é mais acessível utilizar meios tecnológicos através dos quais eles/as possam sentir-se parte dessas produções. Por último, queria mencionar a importância que vêm tendo as artes e as produções de conteúdo nessa quarentena, sabendo e nos mostrando que não se pode viver sem a arte.
Felipe Urbas (Argentina) – Minha resposta é ambivalente, sim e não. A príncipio, acho que sim, que é necessária a introdução de tecnologia na educação tradicional porque é uma ferramenta e uma utilidade que a educação há cinquenta anos não tinha e que é importante incluir.
Mas também acho que não dá para cair na falsa crença de que a interação humana pode ser substituída pela interação através de uma câmera. Ou seja, quando se faz essa pergunta, é preciso colocar também as prioridades que se acredita serem importantes no sistema educativo.
“A interação social não pode ser reposta em um trabalho de grupo em que todas as respostas sejam respondidas pelo whatsapp. A interação se dá no dia a dia, no entendimento dos problemas da outra pessoa, por que chegou um dia chorando à escola. Essa é a interação real e essa é para mim uma das partes mais importantes da educação” (Felipe Urbas, da Argentina).
Em minha opinião, além do aspecto puramente pedagógico da educação, há um aspecto muito importante, sobretudo na educação inicial, primária e secundária, que é a interação social dos alunos. A interação social não pode ser suplantada por uma reunião por skype. A interação social não pode ser reposta em um trabalho de grupo em que todas as respostas sejam respondidas pelo whatsapp. A interação se dá no dia a dia, no entendimento dos problemas da outra pessoa, por que chegou um dia chorando à escola. Essa é a interação real e essa é para mim uma das partes mais importantes da educação.
Quais problemáticas enfrentam atualmente os jovens bolivianos com relação aos direitos educativos?
Gabriel Villarpando (Bolivia) – O problema atual é muito latente – graças à transição política pela qual estamos passando e as mudanças que estamos presenciando quanto a nossa máxima autoridade dentro do Ministério da Educação – que temos é que não está sendo implementada uma educação integral em sexualidade. Refiro-me às malhas curriculares, esse é o problema mais importante e mais reiterado hoje em dia quanto às dificuldades que nós temos como jovens. É bastante complicado, não existe a possibilidade de cursar uma matéria sobre educação sexual. É o problema que enfrentamos, desde gestões anteriores. Esse é um assunto que nunca se abordou.
Desde o ano passado, propôs-se a implementação [da educação sexual] através de uma norma a respeito, que é a Ley Avelino Siñani, e tinham dito que iam implementar. Mas as mudanças de autoridades políticas, no Ministério da Educação, que é o ente máximo e competente para tocar esse tipo de tema, esse problema que hoje é muito mencionado em meu país não pôde receber a atenção que ele requer.
Esse é o problema mais forte que nós jovens estamos enfrentando na Bolívia, ainda mais os e as jovens que pertencem a coletivos que trabalham a temática e que não podem implementar uma educação integral em sexualidade.