INÁCIO ROSA / LUSA

Portugal: Mais de 80 mil pessoas na marcha em defesa da escola pública, diz a Fenprof

20 de junio de 2016

Fonte: Expresso
“Escola pública é de todos, a privada é só de alguns”, “A educação é um direito, sem ela nada feito”, “Duplicar o financiamento é esbanjar o orçamento” e “Dinheiro do Estado não pode ir para o privado” foram algumas das palavras de ordem proferidas pelos manifestantes, que empunhavam cartazes alusivos ao tema da marcha

INÁCIO ROSA / LUSA
INÁCIO ROSA / LUSA

Mais de 80 mil pessoas participaram este sábado, em Lisboa, na marcha em defesa da escola pública, avançou o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), a principal promotora da iniciativa.
“Esta foi a maior manifestação de sempre em defesa da escola pública”, disse Mário Nogueira, no final do desfile que se realizou entre o Marquês de Pombal e o Rossio, e que contou com a participação de pais, alunos, professores, sindicalistas, políticos, reformados e ativistas de movimentos sociais, além de centenas de famílias.
Quando os primeiros manifestantes estavam a chegar ao Rossio, a cauda do desfile estava no Marquês de Pombal, verificou a agência Lusa no local. Os milhares de pessoas pretenderam mostrar com esta marcha que a escola pública é de qualidade, mas precisa de ter mais investimento.
“Escola pública é de todos, a privada é só de alguns”, “A educação é um direito, sem ela nada feito”, “Duplicar o financiamento é esbanjar o orçamento” e “Dinheiro do Estado não pode ir para o privado” foram algumas das palavras de ordem proferidas pelos manifestantes, que empunhavam cartazes alusivos ao tema da marcha.
Na intervenção inicial, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, salientou que esta iniciativa “não é uma marcha contra ninguém, nem contra os colégios privados, é uma iniciativa pela defesa da escola pública, que tem sido maltratada”. Mário Nogueira disse que o ensino público tem sofrido um desinvestimento nos últimos anos, sobretudo nos quatro anos de Governo PSD/CDS-PP.
A iniciativa foi convocada no final de maio, numa altura em que os colégios privados, com contrato de associação, se desdobravam em ações diárias para contestar a anunciada redução do número de turmas, em início de ciclo, financiadas pelo Estado em estabelecimentos particulares, já a partir do próximo ano letivo.